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Casa de Passagem da Prefeitura faz acolhimento à população de rua






Desde agosto de 2014, a cidade de Ubatuba conta com serviço de acolhimento institucional a pessoas em situação de rua e atendimento emergencial diário (com banho e alimentação) de andarilhos, itinerantes ou “trecheiros”. A Casa de Passagem e Acolhimento, como é conhecido o serviço, fica na Rua Hans Staden, 58, no Centro.

O trabalho é desenvolvido pelo Instituto Impactar, por meio de convênio estabelecido com a Secretaria Municipal de Cidadania e Desenvolvimento Social, que repassa mensalmente à entidade R$ 18 mil, sendo R$ 12.500 do Governo Estadual e R$ 5.500 da Prefeitura. A Prefeitura de Ubatuba também é responsável pelo aluguel da casa, bem como despesas com água e eletricidade.

A casa conta com área de triagem dos atendimentos a itinerantes para higienização e alimentação, que acontece diariamente de segunda a sexta das 8 às 10h30 e das 15 às 17 horas (banho) e das 11h30 às 12 horas (alimentação).

O espaço para os acolhidos é composto por dois quartos masculinos, cada um com um beliche e uma cama de solteiro, além de um armário em cada quarto, um quarto e banheiro feminino (suíte) com duas camas de solteiro e um armário, sala com sofá e TV, ambiente com uma geladeira, área de serviço com máquina de lavar, área de refeitório para os acolhidos e itinerantes e cozinha.

A equipe da Casa de Passagem é composta de sete funcionários da Impactar e um cedido pela Prefeitura, que garantem o serviço mínimo de cidadania. Somente em 2015, foram um total de 2.468 pessoas que buscaram o serviço para banhos e 1.867 para refeições.

Além disso, entre agosto de 2014 e março de 2016, a Casa de Passagem atendeu 89 pessoas com o serviço de acolhimento, das quais sete resgataram sua cidadania e dignidade e optaram por uma mudança de vida, deixando as ruas.

A estrutura não permite o acolhimento de pessoas em situação de risco pessoal, de idosos ou egressos de internação hospitalar que necessitem de cuidados especiais ou que não possuam plena mobilidade para as atividades da vida diária e outros que não se encaixem no perfil de atendimento da Casa.

“Há regras claras e estritas para a permanência na Casa, como o respeito aos horários de entradas e a proibição de uso de qualquer tipo de drogas ou bebida alcóolica”, explica Cynthia de Freitas, assistente social e coordenadora do serviço. “Não temos cuidador ou serviço de faxina, então cada morador/a é responsável pelo seu próprio banho e por manter a limpeza e organização do espaço”.

Atenção especial

A Casa recebe doações de roupas, alimentos e outros itens necessários para a prestação de serviços aos itinerantes e acolhidos. Em rede com o CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social – a população de rua pode se beneficiar do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI), que desenvolve atividades de orientação e apoio sociofamiliar, atendimento psicossocial, articulação com a rede de serviços de proteção social especial, informação, comunicação e defesa de direitos.

O CREAS fica na rua Maranhão, 279 – Tel. (0xx12) 3833-3316.

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