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Ubatuba - Schumann garante em plenário que “não respondo a nenhum processo”


Ubatuba - Schumann garante em plenário que “não respondo a nenhum processo”

A nomeação do engenheiro Ricardo Schumann para a Superintendência de Gestão Política e Social foi questionada em sessão, pelo vereador Reginaldo Bibi, do PT, mesmo partido do prefeito Mauricio Moromizato. Bibi, ao usar a tribuna, pediu esclarecimentos do Executivo sobre a contratação de um Instituto ou OS para gerir a área da Saúde, administrando uma verba de R$ 15 milhões.

Segundo o vereador, a vinda da Organização Social teria sido intermediada por Ricardo Schumann, hoje atuando na cidade, após passagens pelas prefeituras de São Paulo e Campinas e classificado por ele como “o prefeito de fato”.


Na ocasião Bibi relembrou a trajetória de Schumann entre 2005 e 2006 quando, como funcionário da Caixa Econômica Federal, a mando de seu presidente Jorge Matoso, participou da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Pereira, episódio que derrubou o então ministro da Fazenda do governo Lula, Antonio Palocci. Em 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) inocentou o ex-ministro, mas manteve o processo contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso como responsável pela convocação de Schumann para executar a irregularidade. O engenheiro não chegou a ser indiciado.


A Biosaúde vai desenvolver ações de gestão em alguns setores como Centro de Especialidades Médicas e Odontológicas, Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), SAMU, Unidade de Reabilitação (Unir), Saúde Mental (Capes), entre outros.




37 anos de serviço


Em sua defesa da tribuna o engenheiro lembrou que “conta com 37 anos de serviço público, se considera um dos fundadores do PT, tem militância sindical e uma reputação a zelar”.


Com relação à acusação de quebra de sigilo ele enfatizou que “não responde a nenhum processo ou inquérito sobre isso. Fui ouvido à época pela Polícia Federal e respondi a sindicância dentro da própria Caixa Econômica Federal, não sofri nenhum processo e nem respondo a inquérito sobre o caso”.


Lembrou que quando passou pela prefeitura de Campinas seu nome foi envolvido em acusações envolvendo a empresa de Saneamento de Campinas- Sanasa- onde“acertamos um acordo coletivo de trabalho onde contratamos o Fundo de Pensão da Petrobrás -Petrus - que passaria a pagar as aposentadorias da Sanasa. Também não respondo também a nenhum processo sobre esse caso da Petrus”.


“Quanto à acusação de que ajo como prefeito de Ubatuba digo que não mando nem na minha própria casa, continuou. Sou simples soldado aqui. Ubatuba tem um prefeito legitimamente eleito, estive aqui fazendo campanha para o Maurício, justamente quando conheci o vereador Reginaldo Bibi, na época da transição. É o Maurício quem manda, é ele quem coordena, ele é o timoneiro”, enfatizou.




Dividir tarefas


O engenheiro informou ter sido contratado para atuar na Superintendência de Gestão Política e Social, “cargo surgido com a reforma administrativa de 2013. Foram criadas três superintendências ás quais se subordinam determinadas secretarias. A minha é para dar suporte às pastas que atuam na área social. Elas foram criadas para não sobrecarregar o prefeito”.


Ele disse que “como militante do PT é de uma ala mais à esquerda, logo sou dos que mais faço críticas ao partido, mas faço isso sempre internamente. É lá dentro que trato as divergências”.


Bibi ironizou o depoimento afirmando que “agora estou conhecendo um homem santo. Falta um ano e meio para terminarmos o mandato e parece que estamos na Suíça. Em toda reunião a que compareço, lá está o Schumann”.

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