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Rodovia Oswaldo Cruz coloca moradores em risco







Transeuntes e moradores da região da rodovia têm reclamado por falta de segurança no local, tanto para situações de trânsito quanto para recorrentes assaltos
Patrícia Rosseto


Moradores dos bairros que circundam e trabalhadores que fazem uso da Rodovia Oswaldo Cruz, em Ubatuba, nos trechos do bairro Mato Dentro até o Ipiranguinha, reclamam da periculosidade do local.
Segundo eles o perigo está na má sinalização e principalmente na má conduta dos ciclistas, motoqueiros e motoristas, onde ciclistas andam fora da ciclovia, em sua maioria pelos acostamentos e carros fazem uso da área de acostamento para estacionar, entre outros.
Ainda de acordo com moradores, acontecem acidentes regularmente no local. Os moradores sentem falta de um melhor planejamento da Rodovia que corta a cidade, de sinalização adequada, mas principalmente de fiscalização.
Cleonice de Fátima, 38 anos, distribuidora da Empadas de Minas acredita que há a necessidade de mais informação no trânsito. “Precisa haver mais educação no trânsito, sou ciclista e uso o carro, sempre estou em risco de acidente no local. Muitos ciclistas estão com seus filhos na garupa e trafegam pelo acostamento. Já fiz várias reclamações na prefeitura e não tive respostas”, declara.
Ela acrescenta que junto aos ciclistas, as motocicletas também trafegam de maneira irregular. “Muitas vezes que estou de carro sou fechada por motos, bicicletas e até pedestres, que também andam na rodovia e nas ruas”, explicou.
Jennifer Santos Zanim Marques, de 21 anos, que trabalha como atendente no bairro Mato Dentro e vem do Bela Vista de bicicleta reclama da falta de iluminação e segurança em geral. “Nao há ciclovia no percurso. Andamos próximos as guias das calçadas”, diz. Jennifer acrescenta que falta também respeito por parte dos motoristas.
Para ela o perigo não está apenas nos acidentes de trânsito. “Falta policiamento, segurança. Na região, menores em bicicletas tem assaltado as pessoas”.
Duas padarias da região tem sido assaltadas regularmente, inclusive uma delas contratou segurança particular para ter tranquilidade.
Segundo a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social do município, a responsabilidade da área é de competência do governo estadual e a Polícia Militar Rodoviária.
“A guarda-municipal não tem autoridade para atuar”, declara. Em contrapartida, a Secretaria declara que tem realizado planos educativos regulares e criou um curso em parceria com a Secretaria de Educação que prepara professores municipais para trabalhar a educação em trânsito em classe, onde o foco principal são ciclistas. “Os cursos pretendem formar professores multiplicadores, contam com as disciplinas, diretrizes nacionais para trânsito, fundamentos da mobilidade urbana, cidade sustentável e humanização no trânsito”, contextualiza o secretário Artur D’Angelo.
De acordo com a Polícia Militar Rodoviária o índice de acidentes no local está na média entre as outras rodovias do Estado. O Soldado Reis aponta que existe ciclovia e calçada, para a segurança dos transeuntes e que existe a fiscalização regular, principalmente no trecho do bairro Ipiranguinha.








Foto: Patrícia Rosseto/IL

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