Deputado petista assumiu o comando da Subcomissão em Defesa dos Quilombolas e tem acompanhado a situação dos quilombolas em Ubatuba
O deputado estadual Marco Aurélio (PT) teve nessa terça-feira, encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na pauta da reunião, ocorrida no Instituto Lula, a situação de quilombolas no país. Marco Aurélio é o presidente da Subcomissão de Defesa dos Quilombolas da Assembleia Legislativa.
O encontro teve a presença também dos deputados estaduais Adriano Diogo (PT) e Lecy Brandão (PCdoB) e de representantes da Conaq (Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas) e comunidades quilombolas de diversos Estados brasileiros: Paraná, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Goiás, São Paulo, Amapá e Rio Grande do Sul.
Durante a reunião, Marco Aurélio lembrou que assumiu o comando da Subcomissão em Defesa dos Quilombolas depois que o cargo ficou vago com a morte do deputado estadual José Cândido (PT). Nesse período que está à frente da subcomissão tem acompanhado a situação dos quilombolas em São Paulo, especialmente em Ubatuba.
Segundo Marco Aurélio, pela falta de regularização de terras, as comunidades quilombolas têm sofrido com a falta de infraestrutura, como a iluminação pública, por exemplo. Ele disse que seu mandato tem buscado ajudar as famílias quilombolas de Ubatuba num trabalho conjunto com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e com o Ministério Público. “O problema é o Judiciário, que tem sido cruel. Sem a ajuda do Judiciário fica muito difícil para os quilombolas conquistarem a regularização de terras, possibilitando que programas como o Luz para Todos cheguem até essas comunidades”, disse Marco Aurélio.
O ex-presidente Lula falou sobre a importância do negro para a sociedade brasileira. “A construção desse país passa pelo povo negro”, afirmou.
Elogiado pelos representantes quilombolas presentes à reunião pelos avanços obtidos durante seu governo, como o Estatuto da Igualdade Racial e o sistema de cotas pra negros, Lula reconheceu que há muito a se fazer para avançar ainda mais nessa área e disse que pretende levar os pedidos “repactuação do apoio ao negro no país” à presidente Dilma Rousseff, tentando, inclusive, marcar uma agenda com ela, com a participação dos grupos quilombolas, no início do próximo ano.
Estiveram presentes ainda ao encontro o diretor-presidente do Instituto Lula, Paulo Sakamoto, e os jornalistas Franklin Martins e Ricardo Kotscho.
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