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Balanço aponta resultados positivos em ações de combate a Dengue







Controle de Endemias recebeu mais agentes para reforças ações com moradores e turistas
A Secretaria Municipal de Saúde de Ubatuba divulgou um balanço das ações desenvolvidas no primeiro semestre de foram a evitar uma epidemia de dengue na cidade. Parcerias com a comunidade, palestras em escolas e controle nos bairros foram algumas medidas que fizerem o município registrar 1.111 casos até junho, sendo 549 por laboratório e 562 por quadro clínico, através do diagnostico do medico, ou seja sintomas do paciente. Isto ocorre quando passa de 300 casos confirmados laboratorialmente.


No início do ano a secretária de Saúde Ana Emilia Gaspar convocou uma reunião com autoridades do Estado e toda equipe técnica da pasta onde foi realizado um diagnóstico das deficiências dos setores responsáveis e co-responsáveis no enfrentamento da dengue. “Dessa forma foi possível sanar os principais problemas e manter o órgão preparado para esta guerra que todo o Litoral Norte e grande parte do Brasil enfrentou”, destacou Ana.
As ações operacionais do Controle de Endemias (Coen), da Secretaria de Saúde, mostram resultados satisfatórios no combate à Dengue. Segundo o órgão, as atividades foram intensificadas, o trabalho casa a casa que visa eliminar o maior número de criadouros nas residências foi realizado duas vezes nas áreas de maior risco.


Outro fator que colaborou no enfrentamento da epidemia foi a contratação emergencial de 20 agentes, de forma que a equipe conseguiu trabalhar em todos os bairros do município.
No primeiro semestre deste ano foram vistoriadas 26.806 residências e nebulizadas 3.020 casas. Também foram realizadas seis palestras na escola Educação de Jovens e Adultos, cinco reuniões em comunidades, capacitação com funcionários da Sanepav e de marinas náuticas com intuito de conscientizar e sensibilizar esses funcionários para auxiliarem na luta. O coordenador do Controle de Endemias, Jorge Ribeiro, ressaltou que o Coen tem conseguido atender todas as normas e parâmetros técnicos estabelecidos pela Superintendência de Controle de Endemias do Estado de São Paulo (Sucen).


“Ubatuba, assim como as cidades vizinhas, passou por um momento complicado, porém foi a última cidade a entrar em estado de epidemia e isto aconteceu já muito próximo ao inverno, fator que colaborou para o bom resultado neste enfrentamento”. No inverno ociclo de vida do vetor (larva do mosquito Aedes aegypti) que se inicia na fase de ovos até entrar na fase adulta é mais lento. “Mas é importante a população entender que o inverno é uma época que devemos também se preocupar com a dengue”, frisou Ribeiro.


Informações e curiosidades
A principal atitude de todos deve ser eliminar os locais que possam acumular água e se tornar um criadouro para o Aedes, sendo que todas as ações que forem realizadas com esse objetivo refletirão de forma positiva no próximo verão.
Jorge Ribeiro destacou, ainda, o que considera como três informações importantes:
A população precisa entender que o inseticida não é a principal solução para acabar com mosquitos, pois só mata os adultos e não na fase aquática, sendo que o uso constante pode fazer com que eles criem resistência à sua fórmula.
É preciso desmitificar que os criadouros estão nas casas de veraneio, pois estudos comprovam que 80% dos criadouros do Aedes aegypti estão nas residências onde têm moradores.


Poças d’água não são criadouros para o mosquito da Dengue, pois diferentes de outras espécies que depositam seus ovos direto na água, o Aedes aegypti cola seus ovos na parede do recipiente.
Ainda de acordo com o coordenador do Controle de Endemias, as denúncias de difícil solução foram encaminhadas para a Fiscalização de Saúde Pública através do Controle de Zoonose sendo que neste período foram lavrados 85 autos de infração e realizada 106 vistorias.
A Vigilância Epidemiológica também ampliou sua base dentro da Santa Casa, forneceu Kits de NS 1 (teste rápido) para os postos de saúde visando agilizar a coleta e resultados dos exames. “Alguns postos da região central foram equipados para atender pacientes com suspeita de dengue facilitando o fluxo deles dentro da Santa Casa que é a principal porta de entrada desses pacientes”.


Mobilização
Foi realizado no bairro Sesmaria Mutirão de limpeza e eliminação de criadouros do mosquito da dengue, iniciativa que partiu da comunidade através do Núcleo Associado do Sesmaria (NAS) com apoio da Secretaria do Meio Ambiente e Coen, ambos da Prefeitura de Ubatuba.
Nesta ação foi feita a retirada de criadouros propícios para o mosquito da dengue e demais lixos e materiais que obstruíam a passagem do rio. “A ação tomou frente logo após a reunião onde o prefeito Mauricio Moromizato foi bem recebido e apresentou suas propostas para o bairro, aproveitando a reunião para responder diversas perguntas e pedir a colaboração de todos na luta contra a dengue”, explicou Ribeiro.


Outra ação comunitária que rendeu bons resultados foi Gincana e Mutirão organizado pelo Programa Escola da Família no bairro do Ipiranguinha e contou com a participação da equipe de Controle de Endemias que retirou das ruas e terrenos baldios mais de cinco dezenas de sacos de criadouros.
Durante todo o feriado de carnaval foram realizadas atividades para sensibilizar os turistas a auxiliarem neste combate, sendo visitados 65 comércios (pousadas, hotéis, restaurantes etc..) do setor de turismo onde os funcionários recebiam informações sobre a atual situação e perigo de uma epidemia e quais os cuidados a serem tomados em relação à Dengue.


Educação
Na área da Educação, um dos setores mais importantes e visados da sociedade, foi realizado pela agente Tays Brulher o “Quizz sobre a Dengue” que já atendeu aproximadamente 650 crianças de escolas públicas e particulares do município, bem como movimentou os alunos das Escolas Estaduais da faixa etária do 7° e 8° ano do Ensino Fundamental levando conhecimento através de interatividade e socialização. Também foi feita parceria com a Associação de Guias Turísticos de Ubatuba.
“Precisamos entender que assim como o rato, barata, o Aedes aegypti também é uma praga urbana e existem fatores biológicos que podem favorecer sua proliferação. Precisamos unir forças para controlar a infestação e este ano conseguimos enfrentar uma epidemia”, destacou Jorge Ribeiro, apontando ainda que o município está investindo na Educação em Saúde e no diálogo franco com a comunidade. “Nosso diferencial foi a boa relação entre os diversos setores da Secretaria de Saúde e busca da união entre a população e o poder público Jorge Ribeiro . Coordenador do Controle de Endemias.


Foto: Divulgação

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