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Coordenador de combate à dengue contesta eficácia do fumacê







Ao responder, pela Tribuna Popular da Câmara de Ubatuba nesta terça feira, o pedido de informação do vereador Ivanil Ferretti (PDT) sobre porque não se usa mais o carro fumacê contra a dengue em Ubatuba, o coordenador de controle de endemias da Prefeitura, Jorge Ribeiro da Silva, contestou a eficácia da aplicação do veneno.


Para o técnico, “a população tem uma ideia meio mítica sobre esse veneno. Acha que o popular fumacê é eficaz, mas é de uso restrito”. Outros técnicos entendem que “combater o mosquito da dengue com nebulização de inseticidas é guerra perdida”.
Segundo Jorge Ribeiro, pela forma adequada e preconizada pela Sucen, esse veneno tem que ser aplicado nas áreas externas das residências. Mas a eficácia do método de espalhar nuvens de inseticida pelas ruas é comprometida, porque os moradores fecham as janelas assim que o caminhão aparece na esquina e o Aedes aegypti esconde-se nas frestas das casas.


“Temos que seguir normas técnicas de aplicação, informou. Não sou eu, Jorge, quem escolhe onde passar veneno. Quando passa de 300 casos confirmados, vamos verificar os focos. Tivemos 400 e 500 clinicamente confirmados de um total de 1.200 registros”.
A exigência de normas técnicas nessas aplicações é confirmada pelo portal do Ministério da Saúde onde se afirma que “a nebulização pode ser considerada um recurso extremo, porque é utilizada num momento de alta transmissão, quando as ações preventivas de combate à dengue falharam ou não foram adotadas”
Jorge esclareceu que “agora no inverno, com o frio, o ciclo de reprodução do Aedes é mais demorado e a tendência é diminuir os casos”.


Avanços
O coordenador de endemias deixou claro e de maneira didática que “a forma ideal para acabar com a dengue é mesmo eliminar criadouros nas casas e terrenos baldios. O fumacê só é usado em algumas cidades, mas para acabar com o pernilongo comum, onde há infestação”.
Jorge Ribeiro ocupa o cargo de coordenador de controle de endemias de Ubatuba desde 21 de janeiro. “Quando assumimos, resumiu ele, o jeito foi trabalhar com o que tínhamos no momento. Começamos com 17 funcionários e hoje temos 37. No primeiro mês atingimos 1.500 casas. Conseguimos passar de forma confortável pelo surto, comparado com o que ocorreu em outras cidades. Fomos elogiados pela campanha educacional”, enfatizou.


Cobranças à Sabesp
Depois dele assumiu a Tribuna o presidente da Associação dos Amigos do bairro Toninhas, Edson Recco, cobrando da Sabesp porque a rua Francisco Labatte não conta com água tratada. Para a Sabesp a rua seria irregular.
“Como irregular se os moradores pagam IPTU, contam com luz instalada, 7 torres de prédios, dez casas com moradores permanentes e ainda duas pousadas em construção”, questionou Edson.


O presidente da Câmara, vereador Eraldo Todão Xibiu –PSDC- informou que “o Legislativo já convocou o diretor regional, Iberê Kunzevicius para falar sobre todos os problemas vinculados à companhia, mas ele entrou de férias. Queremos saber sobre ligações não realizadas, buracos que são abertos, explicações”.
O vereador Silvinho Brandão diz que ele pessoalmente “fez um requerimento dirigido à Sabesp especificamente sobre essa rua, esteve lá e espera resposta. Segundo ele, sobre o local ser irregular é mais uma desculpa da Sabesp. Temos que começar a cobrar mais da Sabesp”, enfatizou.
Claudnei colocou seu gabinete à disposição para procurar o Ministério Público. Na mesma sessão, foi lido requerimento do vereador Ivanil Feretti para que a Sabesp informe porque não houve ligação da rede de esgoto no Bairro Jardim Samambaia.


Luz
O mesmo questionamento foi dirigido à Elektro após leitura de requerimento da vereadora pastora Daniele em relação a projetos de iluminação em todos os bairros do município.
Xibiu relatou que também “já fez outros pedidos nesse sentido à Elektro, pois áreas do Perequê estão sendo usadas como zona de prostituição.
Não sei se é a iluminação que vai resolver isso, mas que vai ajudar, vai”.

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